Sonhos estranhos II
Como já referi num outro post, é difícil recordar os sonhos que me acompanham enquanto durmo. Mas hoje, ao acordar, lembrei o que terá sido o último sonho da noite e logo dou por mim a pensar: mas que porra foi esta?!
Mas esta madrugada terá sido propensa a sonhos absurdos (não os serão todos?!) entranhados na realidade, porque já hoje de manhã dou de caras com um post de um colega bloguista também a relatar as suas estranhezas oníricas. Algum vento do norte trouxe para o dia as reminiscências noturnas.
No meu sonho, estava em casa de duas pessoas que não conheço pessoalmente, dois «amigos» recentes do Facebook. Ela, uma mulher linda e muito inteligente (a minha inveja facebookiana) e ele um jornalista perspicaz e em cima do acontecimento que tem a capacidade de facultar novos pontos de vista sobre variados acontecimentos nacionais e internacionais. Nunca falei com nenhum deles, o «relacionamento» limita-se a uns likes nos posts de ambos. Ele é bem mais velho do que ela, ela a personificação de um eu pessoal por mim idealizado. Que eu saiba, não se conheçam na realidade e talvez nem sequer sejam amigos virtuais. No entanto, no meu sonho, eram casados e ela exibia uma magnífica barriga de grávida, proeminência arredondada e bonita num corpo escultural. Eu estava, juntamente com o meu marido, na casa dos dois para os acompanhar a uma peça de teatro. Também lá estavam outros amigos, meros figurantes no filme. Lembro-me de me sentir constrangida — a inteligência da moça, que me leva a invejá-la, faz-me também sentir fortemente a minha mediocridade — mas ela de tudo fazia para me colocar à vontade e aligeirar o ambiente de forma a que não me sentisse excluída. Estávamos todos numa sala, numa conversa que servia de preâmbulo à saída para irmos ver a peça de teatro na qual eles os dois, marido e mulher, tinham algum tipo de participação.
Após aquela confraternização, acordei ainda embrulhada na estranheza dos meus vagueares oníricos. Quando, passadas umas horas, abri o Facebook, o primeiro post que me apareceu foi dela e logo o seguinte, um dele. Sorri pela aparente perseguição da história noturna e pelo recordar das narrativas retorcidas que se formam dentro da nossa cabeça enquanto estamos a dormir.
E no ar, fica a pergunta: mas que porra foi aquilo?