Apontamentos (vagamente alucinados) de ano novo
Não sou pessoa para fazer resoluções de ano novo nem grandes planos apoiados unicamente na mudança de ano do nosso calendário gregoriano. Já tenho idade suficiente para saber que cada resolução proferida será uma meta falhada, cada plano projetado sairá furado. Por isso, entretenho-me com pensamentos soltos e sequentes análises dos mesmos:
— Percebo que posso ter estragado irremediavelmente a minha vida ao descurar sistematicamente, ano após ano, a questão fulcral da escolha da cor da cueca na passagem de ano (forma humorístico/brejeira de justificar a minha inabilidade em fazer escolhas acertadas para a minha vida);
—Quanto mais bebo, melhor fico nas fotografias (justificativo para a minha vontade irreprimível de beber uns copos de vez em quando);
— O/A mestre chocolateiro/a que inventou o bombom Ferrero Rocher merecia uma estátua na Praça do Comércio. Era espantar de lá o D. José I e plantar uma estátua de três metros de altura do/a senhor/a com uma bandeja repleta de chocolates (a fazer lembrar o prestável motorista Ambrósio do anúncio). São as diferentes texturas, o crocante, a suavidade do creme, o sabor da avelã, que tornam aquilo tão genialmente saboroso (pensamento que pretende ofuscar a realidade calórica de cada chocolate ingerido nas últimas semanas).
Uma pessoa sempre tem de se entreter com qualquer coisa. :)